Entenda a situação da educação infantil no Brasil e no mundo
No dia 25 de agosto é comemorado o Dia Nacional da Educação Infantil, a data foi escolhida como uma homenagem à Dra. Zilda Arns, médica Pediatra e Sanitarista que nasceu nesse mesmo dia. Dra. Zilda dedicou a vida ao trabalho assistencial para crianças, foi fundadora e coordenou a Pastoral da Criança (DPE, 2020).
A educação infantil inclui crianças de 0 a 5 anos de idade e tem como foco o desenvolvimento da criança como ser humano. “A Educação Infantil é o primeiro processo de aprendizado. Um pequeno início se amplia para todas as outras etapas” (INSTITUTO NATURA, 2019), sendo assim a educação na primeira infância é fundamental para evolução de aspectos físicos, intelectuais, psicológicos e sociais.
Educação Infantil no mundo e no Brasil
Segundo um relatório global publicado pela UNICEF (2019) dedicado à educação infantil, há falta de investimento neste segmento na maioria dos governos em todo o mundo. “Mais de 175 milhões de crianças – cerca de metade dos meninos e meninas que deveriam estar na educação infantil no mundo – não estão matriculadas, perdendo uma oportunidade de investimento crucial e sofrendo profundas desigualdades desde o início da vida... Nos países de baixa renda, o quadro é muito mais sombrio, com apenas uma em cada cinco crianças pequenas matriculadas na educação infantil” (UNICEF, 2019).
O Relatório ainda destaca pontos de extrema importância e que não devem ser passados despercebidos, pelo contrário, são cruciais para mudar a realidade:
- Em países em que mais crianças frequentam a educação infantil, um número significativamente maior de crianças completa o ensino primário e obtém competências mínimas em leitura e matemática quando terminam a escola primária.
- O nível de educação das mães e a localização geográfica estão entre os principais fatores que impactam a frequência na educação infantil.
- Em todos os países com dados disponíveis, crianças nascidas de mães que concluíram o ensino médio ou educação superior têm quase cinco vezes mais probabilidade de frequentar um programa de educação infantil do que crianças cujas mães concluíram apenas o ensino fundamental ou não têm educação formal.
- Em 64 países, as crianças mais pobres têm sete vezes menos chances do que as crianças de famílias ricas de participar de programas de educação infantil.
- Mais de dois terços das crianças em idade pré-escolar que vivem em 33 países afetados por conflitos ou desastres não estão matriculados em programas de educação infantil. A educação infantil ajuda crianças pequenas afetadas por crises a superar os traumas que vivenciaram, dando-lhes uma estrutura, um lugar seguro para aprender e brincar e uma saída para expressar suas emoções.
- A falta de investimento mundial na educação infantil afeta negativamente a qualidade dos serviços, incluindo falta de professores capacitados, sendo que juntos, os países de baixa e média renda abrigam mais de 60% das crianças em idade pré-escolar do mundo, mas apenas 32% de todos os professores da educação infantil.
No Brasil também vivemos uma realidade difícil e que requer esforços para ser revertida. Segundo o censo do IBGE de 2017, o Brasil possuía nesse mesmo ano quase 12 milhões de analfabetos, aproximadamente 2 milhões de crianças e adolescentes fora das escolas, sendo 6 milhões de crianças entre 0 e 3 anos fora das creches. “Além disso, mesmo as crianças que frequentavam a escola não estavam sendo alfabetizadas adequadamente, cerca de 45% só concluía esta importante parte do processo ensino-aprendizagem após a idade ideal” (SISTEMA SMART BABY, 2019).
Um contribuinte para esses números tão altos é a oferta de creches e esse é um desafio nacional. De acordo com um artigo publicado pelo G1 em 2020, “ainda era preciso incluir 1,5 milhão de crianças de zero a três anos em creches até 2024. É o que prevê a Meta 1 do Plano Nacional de Educação. Em 2018, segundo o relatório do Inep, o Brasil conseguiu ofertar vagas para 35,7% das crianças nessa faixa etária (ou 3,8 milhões), e o objetivo é chegar até 50%”.
Investir na educação infantil pode trazer benefícios futuros, pois pode reduzir o índice de evasão escolar. Segundo G1 (2020) o custo anual da evasão escolar é de R$214 bilhões, ou 3% do PIB (Produto Interno Bruto), isto devido ao impacto do abandono nas possibilidades de emprego, renda e retorno para a sociedade das pessoas que não concluem a educação básica.
A situação da educação infantil precisa de mudanças. As políticas públicas devem priorizar a educação (de qualidade) para todos e construir projetos possíveis de serem realizados.
Como o Instituto Água Sustentável ajuda nessa missão
Embora diretamente ligada ao ambiente escolar, a educação infantil vai além da sala de aula. A família e a sociedade exercem um papel essencial na formação da criança. O Instituto Água Sustentável (IAS) através do Projeto Professor Água tem realizado um trabalho importante através da divulgação de informações sobre água e meio ambiente para crianças e adolescentes, é um trabalho que vai além das escolas e caminha lado a lado ao objetivo da educação infantil: desenvolvimento da criança como ser humano, e mais um ser humano engajado com questões importantes e criando assim um senso de responsabilidade.
Nós, do IAS, estamos mudando o mundo! Acreditamos que, apesar de tudo, a educação é o melhor caminho e estamos comprometidos em transmitir conhecimento ao maior número de pessoas possível. Temos que lembrar disso sempre e não somente no dia 25 de agosto, é nosso dever como cidadãos!
Doe para o IAS e ajude a levar a educação acessível e abrangente para mais pessoas! Uma pequena doação faz muita diferença na vida de uma criança: https://aguasustentavel.org.br/doe
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Fontes:
INSTITUTO NATURA, 2019: https://www.institutonatura.org/dia-nacional-da-educacao-infantil-abrindo-as-portas-para-o-mundo/
SISTEMA SMART BABY, 2019: https://sistemasmartcare.com.br/situacao-atual-educacao-infantil-brasileira/
UNICEF, 2019: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/175-milhoes-de-criancas-nao-estao-matriculadas-na-educacao-infantil